Sinto-te partir... naco arrancado de mim...um destelho
Sou eu menos um pedaço chamado ... tu
Sou eu, sem as vestes a cobrirem este sentir, sem ti...agora nu
Fusão de sentires...compulsão ao partir
Que te fiz eu... quem nunca de olhos abertos vi
Que cegueira me invadiu que não te vi ir
Tanta coisa que me passou e sem saber vivi
Luto que me invadiu... que do nada surgiu
Manto negro... aroma a enxofre... podridão
Argúcia que se perdeu no amor... que de mim fugiu
Actos em loucura, debruados com requintes de solidão
Decrépita a minha carne que se dissolve neste acido mordaz
Vermes que limpam os ossos daquele que em tempos foi audaz
Hoje sei que o sonho terminou e que acordei defunto
Aos fantasmas do meu passado agora neste instante me junto
Alço as mãos trémulas que libertavam firmes poemas de amor
Sorrio com desdém ao destino...que se me levantou turbulento
Arco-íris sombrio ... ponte de sentir com um única cor
Sou eu assim sem sopro de vida em mim... sem alento
Beijos e Abraços
Das Chamas do Fénix