Sentado só naquela varanda
Puxo por um cigarro…
Olho na rua para quem anda
Pensando em tudo a que me agarro!
Olho para o vazio da fria multidão
Sinto o calor que sai da confusão.
Olho para a plenitude da solidão
Sinto o corpo em combustão!
Desgarrasse-me a pele por entre as chamas
Capitula o pensamento na loucura...
Oiço os gritos das almas insanas
No crepúsculo daquela cinza escura...
Cerro os olhos e em posição fetal
Esqueço tudo num momento
O que me seja grato ou letal…
Incinerasse-me a imensidão no pensamento!
Dentro do silêncio do meu peito
Sinto o sentir do coração a pulsar
Tendo as chama por meu leito
É chegada a nossa hora de voar!
Abro as asas ao vento, que me lambe e penteia
Quebro o vazio do silêncio do céu subterrâneo.
Sinto a energia do clamor que em mim serpenteia
Acelera o pulsar num momento, momentâneo.
Ergo-me das cinzas daquele ser caído
Olho para o fim...do fim do horizonte
Um novo olhar para o futuro espairecido
Brota deste meu peito, feito fonte.
Salto para o futuro.. apago o cigarro
Cruzo os ventos, os tempos todos juntos num segundo.
Vou para os teus braços onde me amarro
E convido-te a fazer do meu...o nosso mundo!!!
quinta-feira, 24 de julho de 2008
Renascer...
Beijos e Abraços
Das Chamas do Fénix
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8 comentários:
Bela conjugação de sentimentos aliados a uma situação quotidiana banal...
Gostei imenso !!
Bjs
Ficou muito bonito mesmo!
Mas... vá lá... faz isso! Deixa de fumar! ahahah
Beijo
Shakti...
Ainda bem que gostaste...tudo o que somos se desenrola dentro do nosso pequeno quotidiano banal...
Uma Grande Chama...para ti
Paula...
Se aos teus olhos ficou bonito... fico feliz com isso...quanto ao deixar de fumar... estou a pensar seriamente no assunto...mas ainda não é hora...
Uma grande chama para ti... beijos
Ergue-te das cinzas e cruza os tempos...em direcção ao que desejas.
Às vezes é no renascer que se encontra a felicidade
beijos
Amigo, quantas vezes e quantas pessoas já não se sentiram assim?
Só que tu consegues exprimir todos esses sentimentos, consegues dar deles uma visão tão realista que nós quase podemos sentir esse momento como se fosse nosso.
Queremos agarrar tudo e tudo nos foge. Queremos amar tudo e todos e só conseguimos exprimir a raiva que nos queima...
Não estou a tentar interpretar o poema, estou apenas a exprimir o sentimento que ele me provocou. Revejo-me em cada frase, em cada olhar sobre o Mundo, sobre as pessoas, sobre mim… Falo dele como se fosse o poema que eu às vezes queria escrever, mas não consigo.
Grande abraço.
Carla ...
As vezes não... sempre se estás bem não necssitas renascer...
Uma Grande Chama para ti... Beijos
Atever...
No teu comentário ... conseguiste definir a essência da leitura da poesia... não interpretar o autor...mas sentir como nossas as suas emoções... obrigado pelas tuas palavras
Um abraço
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