quarta-feira, 12 de março de 2008

A minha filha…


A minha filha vai ter proximamente o dia do Pai e eu tenho todos os dias o dia da filha…
São poucas as coisas que me atiram para o fundo do poço… o tema da minha filha é um deles…
Há uns anos, quando tomei a decisão de me divorciar, analisei tudo, meditei… mas uma coisa falhou… O amor de Pai…
Alguns de vós não entenderão do que estou a falar… mas ser pai e só ter a nossa filha de 15 em 15 dias é uma faca espetada no coração que por muito que puxemos não sai está lá chumbada…
Nestes 2 anos e tal que levo de divorciado… sinto a cada dia que perco coisas que jamais irei encontrar… sai de casa e deixei lá uma menina pequenina e hoje vou buscar uma pequena mulherzinha que diz tudo sem papas na língua…
A alegria que me entra quando a vou buscar é enorme, tão grande como a tristeza que me entra quando nos Domingos às 20h a tenho de entregar…
Tenho esperança que ela possa vir a querer tal como eu … que existam mais dias do pai…e
digo isto olhos nos olhos....


Beijos e Abraços
Das Chamas do Fénix

24 comentários:

Silvia /('.')\ disse...

Fènix, :) me emocionei... eu quero tanto conhecer este amor, o amor dentro dos olhos, o amor de um filho(A), não deve ter coisa maior.
de 15 em 15 dias, como deve ser difícil. por acaso vocês aí em Portugal não tem "guarda compartilhada", assim você teria mais dias dos pais.

Brisa disse...

Aquilo que se sente por um filho não tem explicação, não pode ser agendado - tem de ser vivido todos os dias. No entanto, apesar dessa distância, o importante, Fénix, é a qualidade do tempo que passas com a tua mulherzinha. Em 15 dias podes perder muita coisa, mas e o que ganhas nas horas que estás com ela? Não te parece toda uma vida?
Beijinho grande!

As Chamas do Fénix disse...

Silvia...

Aqui a lei quando não há mutuo acordo é mais a do 26 a 4... não é o resultado de um qualquer jogo...mas sim por cada 26 dias com a mãe passa 4 com o pai...

Uma Grande Chama para ti... beijos

Brisa...

Não sabes que o que é bom termina depressa.. o tempo não corre no relógio... voa mais rapido que eu...

Uma Grande Chama para ti... beijos

As Chamas do Fénix disse...

Uma vez que maior parte das pessoas que visitam aqui o ninho do Fénix são mulheres... podem explicar-me porque o tema do poder paternal é a das poucas matérias em que não lutam pela igualdade de direitos com os homens??????


Obrigado...

Anónimo disse...

Tenta aproveitar ao máximo o tempo que estás com ela. Nestas coisas, a mãe sai sempre beneficiada.

Dualidades JP

Anónimo disse...

Realmente deve ser bastante complicado...a igualdades de direitos é uma fantochada (desculpem lá o termo), mas quem sai prejudicado no meio de tudo isto são os filhos 26-4 é realmente muito mau!
não te digo aproveita bem o tempo que passas com ela porque isso de certeza que já o fazes, mas mais uma vez de digo Força!

abraço...do mando

No Túnel... disse...

Oi...

Lamento que estejas tão pouco tempo com a tua filha..
Isto é uma injustiça, não consigo perceber o porquê de neste país (pois é o meu), que a mulher tenha mais direitos que o homem, mas o pior de tudo é que quem sofre mais é sempre a criança. (já não chegou a separação????).
Sim, e depois tem este dia, que como todos os outros, que o pessoal chama de "comercial" são para ser lembrados e nunca esquecidos... o que não é o teu caso, pois imagino que sempre que estas com a tua filha são todos dia do pai e dia da criança.

Força.

Abraço

Anjo De Cor disse...

é verdade tudo o que dizes ... mas tb ela não será eternamente pequenina e com os anos de certeza que tb vai ter a sua opinião, vontades, ponto de vista ...
mas, apesar de tudo isto acredita que é melhor assim para ela do que ver os pais juntos e sempre chateados e a discutir...

Brisa disse...

Oh, esses 26 para 4 são uma conta muito difícil para se fazer... Será que quem a calculou pensou num minuto que fosse na criança? É que os tribunais tendem a ver os minorquinhas como bagagem e não como gente pequenina... Não podes mudar o sistema, mas podes dar-lhe tanto, tanto amor para ela crescer saudável e feliz, e queira passar mais tempo contigo quando puder ter essa autonomia!
Beijinho grande!

Laredo disse...

Parece-me que em Portugal há qualquer coisa do estilo guarda partilhada, não costuma é ser da aceitação dos tribunais, pelo menos nas idades mais baixas.

Igualdade não há nenhuma, nem é para haver...mas que lixam bem os homens,...ai lixam pois!

Neste país só vai com jeitinho, com acordo com a ex, senão tamos f******.

E não é fácil passar ao lado...a merdoska do "sistema" não tem em conta que um pai também pode ter sentimentos pelos filhos...e por vezes, ser tão empenhado ou quase, como as mães.

Anónimo disse...

Pois... eu disso tudo só conheço a parte boa, aquela relacionada com o amor, com a felicidade de vermos a evolução de um ser que de pequenino se vai transformando num ser independente... é, realmente, muito gratificante darmo-nos conta que, ainda que a nossa passagem não tenha servido para mais nada, pelo menos demos continuidade à vida, através dos nossos "rebentos".
Depois, à medida que eles vão ganhando asas e começam a voam sozinhos, podemos admirar do alto do nosso poleiro de pais babados, a nossa obra.
Pena que a sacana da vida dê tanta volta por caminhos tortuosos e haja quem fique privado de muitos desses momentos.
Um abraço.

***SONHOS*** disse...

Nossa,
seu amor de pai
aqueceu meu coração...
Pode ter certeza
que essa pequenina mulher
Te ama
e a cada dia mais
irá se encantar
pelo carinhoso pai
que ela tem...
O mundo dá muitas voltas
mas o amor
é indestrutível...
bjos

Anónimo disse...

A regra não é de 26 para 4. Pode ser a regra do seu acordo, mas não o é em muitos casos e pelo que sei essa regra não está escrita em lado nenhum.
Nos acordos de regulação de poder paternal, tem de haver normalmente bom senso de ambas as partes e infelizmente é ai que muitas vezes as coisas falham.
Há casos em que as mães numa tentativa de se ‘vingarem’ do falhanço do casamento tentam a todos o custo privar os pais da companhia dos filhos o que para mim é lastimável!
Também acho que existem muitos pais que também não estão dispostos a lutar …. Muitos refazem a vida e até da jeito ir buscar os filhos apenas de 15 em 15 dias… Mas enfim, cada caso é um caso.
Mas também existem casais divorciados que partilham os filhos sem reservas, alias como eu acho que deve ser, não pelo bem-estar dos pais mas sim dos filhos!
Na minha opinião os pais também se acomodam a estes acordos dos 15 em dias 15 … garanto-lhe que se eu fosse pai e tivesse um regime desses havia ter por tantos processos de alteração desse regime no tribunal de menores, que um dia ia vencer o juiz nem que fosse por cansaço!

As Chamas do Fénix disse...

...Mas mesmo assim vê que a mãe, ganha nessa primeira análise não trabalhada por peritos, logo , e ano após ano, em média mais de 85 % dos casos. Mas, ao tirarmos todos os casos que nada tem a ver com Pai e Mãe, essa média, só em 2003 , sobe logo para 94 % dos casos.

E muita gente tem dito 85%, nunca faz as contas como deve ser... O que é grave, e leva muito Pai, ao engano . A gastar fortunas e fortunas em advogados, quando afinal, as possibilidades, são poucas . Pouquíssimas .

PORTANTO,, AS MÃES, GANHAM 94 % DOS PROCESSOS DE PODER PATERNAL, EM PORTUGAL.

www.26-4.com

Anónimo disse...

Quando existe um divórcio e um casal se separa não existe possibilidade de se cortar a criança ao meio para que seja dividida irmãmente pelos progenitores.
É claro que as mães entram logo a ganhar, e por isso a guarda na maioria dos casos atribuída à mãe.
Agora o que eu acho que é que muitas vezes os pais podiam lutar mais por aquilo que também é deles em vez de tomarem uma atitude passiva e conformista. A única forma que conheço de se conseguir alguma coisa é ir à luta, até a exaustão. E por um filho não há exaustão!
Não é preciso um advogado para interpor um processo desses em tribunal. Qualquer pessoa que se consiga expressar bem, consegue argumentar facilmente aquilo que pretende. Não estará a pedir nada de outro mundo, apenas a possibilidade de ver a sua filha uma ou duas vezes por semana.

As Chamas do Fénix disse...

Mimi...

Se queres eu dou-te a morada da minha Ex. vais lá e falas com isso tudo que me estás a dizer.

Ps: Leva um capacete...

Uma Grande Chama para ti... Beijos

PSS: se conseguisse que ela fizesse caso ao que eu digo... provalvelmente não teria chegado ao ponto do divorcio...

Anónimo disse...

Lamento mas essa luta é exclusivamente tua ;o)
Apenas deixei a minha opinião porque esse é um tema que me toca particularmente e ao qual sou sensível.
Se a mãe da tua filha não consegue ser razoável existem alternativas para que passe a sê-lo … e sem capacete :o)
Boa sorte !

As Chamas do Fénix disse...

Mimi,

Tens de entender que cada caso é um caso...podem existir semelhantes mas todos têm as suas particularidades...
Tu podes facilitar... mas como é que tens o poder paternal definido, no papel?
Dizes lutar à exaustão... sim a encher as nalgas de dinheiro a um advogado num processo que se pode arrastar por mais de três anos quando posso juntar essa massa para ela... quando necessitar... Ela não pára de crescer e um dia vai entender... do que foi privada... e do que eu fui privado... embora não se possa recuperar nada...

PS. acredita que eu não sou de virar a cara em caso de conflito...

Anónimo disse...

Sim como dizes e bem, cada caso é um caso!
Sem querer de forma alguma fazer qualquer tipo de juízo de valores (afinal, quem sou eu para isso!), não deixo de ficar aturdida com a forma simplista e derrotista como encaras essa situação. Tal como já te disse podes dirigir-te TU ao tribunal e preencher tu próprio um “formulário” onde argumentas o que queres.
Podes não conseguir, ninguém te dará essa garantia mas pelo menos tentas! Se eu fosse pai era isso que eu fazia ….
Não me parece razoável não se concordar com uma situação que nos aflige, mas que ao mesmo tempo nada fazemos para a alterarmos. Como diriam alguém que eu conheço, é uma Dualidade :o))

As Chamas do Fénix disse...

Mimi,

Eu sei quem dualmente és...;-)...
Mas a forma como tu encaras o processo é que me parece um pouco surrealista e simplista...
Achas que se fosse por um formulário as coisas estavam assim... Temos um Juiz, temos o MP (a defender o que é melhor para a criança mas sempre do lado da mãe) e temos os advogados e então começa a festa... logo à partida os juizes enviam estes processo para o fundo da gaveta porque não se sentem muito comodos com este tipo de situações... Se as coisas fossem assim tão simples e cor de rosa... não havia necessidade de estes processos irem sequer ao MP ser avaliados iamos todos de mãos dadas à conservatória e assinavamos um acordo de Poder Paternal justo... mas a vida não é assim...

Anónimo disse...

A forma como encaro estes processos tem tudo menos de surreal, e garanto-te que nesta matéria sei bem do que falo.
Nunca te disse que era fácil, nunca disse que a guarda não era sempre dada a mãe, porque o é !
O pai entra para a sala de conferência logo a partida derrotado. Quando a isso, ponto acente!
Agora daquilo que sei e que vejo a minha volta, foram os pais menos passivos e que se dispuseram a lutas sem tréguas, que exigiram, que chatearam, que persistiram naquilo que era de facto a sua vontade, que têm hoje bons acordos com as suas ex.
Peço desculpa pela forma simplista e ignorante como me referi ao tal papelinho que se preenche, não se chama com certeza um formulário mas não sei qual a sua designação correcta.
Cada um chama-lhe o que quer, agora o que ele permite é que cada um expresse livremente, por escrito aquilo que pretende!
Dou este assunto por encerrado ;o)

Mãe Happy disse...

Pois, eu não sei como isso é, pois fui uma sortuda que ainda tem os pais casados. No entanto, na óptica de filha de um pai que trabalha na marinha mercante, sentia bem as suas ausências, as despedidas e principalmente os reencontros.
E acredito que no caso de pais divorciados, seja ainda pior, uma vez que se no meu caso havia sempre amor entre eles, no caso dos pais que se divorciam muitas vezes os filhos são usados como joguetes numa luta sem tréguas.
Acho que o melhor é aproveitarem todos os momentos juntos, da melhor maneira possível do mundo e arredores!

Beijocas

Vanda disse...

..olha, eu já nem me lembro como cheguei aqui...mas realmente a Mimi tem toda a razão e julgo que nos tempos que correm, quando em Portugal até já há casos de guarda conjunta, tu não deves pensar no futuro em que lhe dirás do que foste privado, mas sim lutar por um presente menos ausente.

Acredita: a tua filha vai agradecer em vez de...no futuro lamentar!

Força!

Sílvia disse...

Na Universidade cheguei a fazer um trabalho sobre guardas e realmente ha a possibilidade de ser partilhada sem a necessidade dos tribunais, mas sendo a tua ex avessa a isso é mais dificil. O melhor é aproveitar esses bons momentos com a filhota, eles nunca esquecem :)

Beijinhos