segunda-feira, 21 de julho de 2008

Porto de Abrigo


O vento ao cruzar a fronteira invisível
Levantou-me no ar cortando as grilhetas
Num toque de imprevisível
Entre tantas e avulsas silhuetas!

A tempestade fez-me procurar
Um porto de abrigo…ambicioso …
Não consigo por mais que tente escutar
O anunciar do mar …num grito sumptuoso!

Oculto-me como uma sombra
No inevitável temor…
Deste sentir que me assombra
E me corre nas veias…amor…

Abro os olhos e não oiço o gritar
No rasto que deixo ao andar…
Por entre estas chamas a rastejar
Neste rio que quero navegar…

Cerro os olhos, cruzo os dedos
E deixo-me arrastar na sorte…
Que caia a luz nos meus segredos
Nesta cruz, onde o sul se faz norte !!!


Beijos e Abraços
Das Chamas do Fénix

4 comentários:

Ana disse...

O amor...e o porto de abrigo...

Não será o amor a busca de um porto de abrigo?!

Muito bonito!

As Chamas do Fénix disse...

Ana...

Ou um porto de abrigo na espera de ser encontrado...

Uma Grande Chama para ti...Beijos

Ps: Obrigado pela tua visita...

Carla disse...

Acredito que tu próprio és um porto de abrigo...onde as sombras são cobertas pela luz dos gritos que, em surdina, deixas escapar
beijos

As Chamas do Fénix disse...

Carla...

E porque não... consegues ouvir a luz dos gritos?

Uma grande chama para ti...beijos